Com os dedos das mãos cruzados. Os pés solidamente assentes no chão, que nem raízes centenárias. As costas ligeiramente curvadas. Nada te move, demoraria séculos. Os cotovelos apoiados nas pernas. E uma parede branca à tua frente, grande e vazia como tu.
Vestes-te de preto. Cabelo preto também, risco ao lado, e geometricamente alinhado, atrevo-me a dizer.
Começas a esfregar as mãos: um reflexo: e desces o olhar para o som que que as tuas mãos emitem.
Sentes culpa. Queres chorar, não o consegues: não tens razão para tal. És oco.